Revisão: expectativa x realidade
Desde o advento do PC, computador pessoal, antes, muito antes do que você conhece hoje, o sistema operacional dominante é o MOS, Microsoft, e seu pacote Office, Word, Excel e Access. Dos primórdios até hoje, o maior inimigo do revisor profissional, aquele que estuda, se dedica ao trabalho, ao cliente, à língua, é o dicionário do Word. Por quê?
Identificado como um facilitador do trabalho do digitador, o dicionário do Word, ao marcar palavras com problemas de ortografia com uma linha vermelha e aquelas com problemas gramaticais (concordância e flexão, por exemplo), induziu muita gente ao erro de pensar que isso bastava para se tornar revisor de texto, ou revisor textual, como prefira.
Isso, caro leitor, não é o suficiente. Imagine! Essa é a expectativa da revisão. De que basta dar uma olhada no dicionário e confirmar se há “cobrinhas” vermelhas ou verdes sublinhando as palavras. Imagine!
A revisão de textos é muito mais do que isso. A realidade é que se trata de um trabalho muito mais complexo. Além de verificar a ortografia e erros visíveis de concordância e ou flexão, expressões a exemplo de “a maneira como”, “período de tempo”, “frente a” (no sentido de diante de), entre outros vícios de fala e “neologismos” fazem parte do árduo (e delicioso!) trabalho do revisor.
Na nossa opinião, a parte mais gratificante do trabalho de revisão é justamente quando enrosca. Quando o próprio autor enfia o coração na mão e mancha o teclado com gotas de sangue. Toda a emoção transferida para o texto complica. E como complica!
Queremos saber qual é a sua opinião sobre a perspectiva do trabalho de revisão. Se você trabalha na área. Se tem vontade de conhecer mais sobre o assunto. Vamos nos falar? Fique à vontade para comentar.